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15 Dezembro 2014
Partilha do Projeto Jubileu Educação em África

Inseridas em diferentes realidades comprometidas com os gritos da Terra Ferida, o gemido das pessoas empobrecidas, buscando fortalecer o protagonismo dos Povos na construção da cidadania, e, sendo uma das expressões do Carisma da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas – a vivência da diaconia através da Educação, uma das propostas marco do Jubileu - Centenário da Congregação, é o Projeto de Educação em África, mais precisamente no Cazenga - Centro de Alfabetização de Santa Madalena, com os seguintes núcleos: São Mateus, Santo Agostinho, Mãe de Angola, São Francisco (irmãs), São João Batista e Santa Madalena.

Como a criança quando nasce, aprende a se alimentar, a sentar, depois engatinhar, andar, falar e com o tempo e o cuidado dos pais, o aprendizado daquele cidadãozinho e daquela cidadãzinha vai se fazendo, assim também este projeto vem sendo pensado, acalentado e gestado por muitas pessoas e tem como objetivo geral: Fortalecer e ampliar a formação dos alfabetizadores/as possibilitando confronto de metodologias a partir dos princípios da educação popular tendo em vista maior qualificação e comprometimento com uma educação participativa, inclusiva e  libertadora.  

O projeto que já se encontra em andamento, em seus objetivos específicos se propõe:

- Continuar com as formações periódicas  ampliando os temas para além das questões metodológicas;

- Possibilitar formação específica sobre experiências do Método APLICA, utilizado pela  AAEA (Associação Angolana de Educação de Adultos);

- Aprofundar os princípios da educação freiriana em confronto com a prática cotidiana;

- Promover formações  interativas entre os vários componentes do processo  de aprendizagem (alfabetizandos/as, famílias, professores e diretores pedagógicos, comunidades);

- Sistematizar as experiências, possibilitando umarquivo de registros que facilite novas aprendizagens a partir da  memória histórica.

Na Assembleia da Coordenadoria Irmã Álcida realizada em 2013, refletida a possibilidade de fazer uma experiência também com o Método APLICA, irmã Enedir Rosa Correa juntamente com os simpatizantes: Maria da Conceição Manuel, Alfonsina Nzovo, Ladislau Mariano e Orácio Afonso, ficaram responsáveis de visitar os locais onde a AAEA trabalha e o senhor Victor Barbosa visitar o núcleo São Francisco no Cazenga, a fim de trocarem  experiências.

Por razões diversas o planejado não aconteceu e na assembleia de 2014 o assunto foi retomado, com o fim de levar a cabo este ensejo e dar vazão a articulação destas estratégias.

- Fortalecer as formações já existentes, acompanhar mais de perto os grupos, possibilitar formações variadas não apenas sobre métodos mas também sobre a educação de modo geral, sobre nosso papel de educadoras/es na construção da cidadania e outros temas que favoreçam a consciência critica  e  a participação popular, levando em conta a assessoria das entidades que já vinham contribuindo na e para a formação (Mosaiko, Adra...), buscando também uma assessoria mais direta da Associação Angolana de Educação de Adultos – AAEA.

- Entre as formações, que seja feita uma especifica com o método APLICA (Alfabetização participativa, libertadora) e que após a formação, um ou dois grupos possam fazer experiência com esta metodologia, para ser confrontado com a metodologia que estamos a adotar. O que existe permanece. O APLICA é apenas a junção de mais uma experiência que poderá nos enriquecer.

Para que esse processo aconteça de maneira participativa aonde vamos juntos aprendendo a nos organizar dentro dos princípios que acreditamos, foi proposta a formação de uma equipe que coordena e que seja composta por representantes de todos os setores envolvidos (Alfabetizadoras/es, alfabetizandas/os, irmãs, membros do grupo sementes, assessoria...). Uma equipe que pense de onde virão os recursos humanos e financeiros, decida, assuma e avalie juntos e que vai criando novas equipes de trabalho conforme as necessidades que forem surgindo.

Como referencia desta coordenação foram indicados os nomes de: Ladislaw Mariano Simão e irmã Maria de Jesus Moraes, com a missão de fazer as negociações e completar a equipe, contemplando pessoas do grupo:

- Sementes do Carisma: (Simpatizantes);

- Facilitador/a;

- Alfabetizando/a;

- Entidade: AAEA.

Foram sugeridos os nomes: de irmã Maria Lunardi como Acompanhante do Projeto, com possibilidade de marcar presença no mês de março, abril ou maio de 2015 e como colaboradora Djanira Piato. Foi refletido sobre a possibilidade de a jovem Postulante participar não apenas no sentido de dar sua colaboração, mas também de aprendizagem. E ainda: por ser casa de formação, que as formações dadas as/os facilitadoras/es, às jovens possam participar. Sugestão que ficou para ser visto com a equipe. Visto que 2014 já completou seu percurso, a proposta segue para 2015/2017.

Observando a movimentação neste quintal da casa das Irmãs Catequistas no Cazenga, percebi que o trabalho realizado conta com a contribuição de vários parceiros neste processo de formação. E buscando informações junto aos alfabetizadores e alfabetizadoras que aqui dinamizam grupos de alfabetização e outras atividades, elas/es confirmaram que recebem formação do “ Ministério da Educação através da  Repartição municipal de Educação com uma formação antes do início do ano letivo, formação contínua nas pausas pedagógicas, uma recompensa monetária que não e suficiente mas ajuda. Outras entidades  como: Embaixadas; UNICEF; ADRA; Administração local; SONANGOL; MOSAIKO dão seu contributo. É grande o leque de parceiros e o trabalho feito em parceria é muito importante porque nos ajuda a caminhar certo, porque conseguimos unir muitas ideias, porque nascemos inacabados e vamos aprender com os outros e ao mesmo tempo vamos aprender normas, regras e valores”.

Interpelados também acerca da presença e contribuição das Irmãs Catequistas neste processo responderam: "As Irmãs Catequistas Franciscanas tem dado muita contribuição aos alfabetizadores/as e alfabetizandas/os, convidando outras organizações para nos dar formação sobre a alfabetização, aprender a viver na comunidade, como lidar com os mais necessitados, oferecem o seu quintal para servir de escola. Com tudo isto aprendemos a conhecer a verdade a justiça e a paz.A contribuição das Irmãs Catequistas Franciscanas é vista como um grande avanço na comunidade, tendo em conta o tempo. Muitas pessoas que não sabiam ler nem escrever agora já conseguem  até discutir os seus direitos como cidadão angolano. As Irmãs Catequistas Franciscanas tem dado um grande contributo na comunidade deste bairro. Por intermédio delas, muitos conseguiram ser reconhecidos como  cidadãos angolanos ao adquirir seus documentos, através das instruções e apoio das irmãs. A ajuda principal vem da Irmã Enedir que tem conversado muito conosco, encaminhado para os locais onde se adquire os documentos e promovido algumas formações para nós. Portanto a avaliação sobre a contribuição das Irmãs Catequistas é positiva.  Levando em consideração o projeto já em andamento no Cazenga e a visão de Paulo Freire de que educação é a prática da liberdade e enfatiza para isto a valorização do diálogo e a interação como fundamentos necessários para a libertação do/a educando/a, o que temos aqui são pequenos grandes ensaios e conquistas,  dentro  das “urgências que não permitem mais esperar”. Contudo, ainda está longe de ser uma educação que proporcione as pessoas “meios de superar suas atitudes, mágicas ou ingênuas, diante de sua realidade, ajude-as a criar sua montagem de sinais gráficos, a inserir-se, a ter uma visão crítica e dialogal”.

Como diz o canto “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, o aqui mencionado significa muito para este povo sedento. É conforme o Provérbio Popular: “Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, podem mudar o mundo”. Portanto acreditemos que  “Nada é Impossível com os olhos de quem quer ter uma oportunidade, com os olhos de quem quer ter uma vida de verdade”. Sonhar é preciso, pois o futuro-presente pertence  aos sonhos e ao desejo de realização que acalentamos dentro de nós para o crescimento e desenvolvimento da vida, uma vez que esta foi feita para ser vivida, e a curiosidade deve ser mantida viva.

Nossa esperança é que assim como a criança vai aprendendo a andar até que não precisa de ajuda e se firma em suas pernas e anda com seus próprios pés, também o projeto vá se desenvolvendo numa dinâmica que deve ser sempre crescente, não andando sozinho, mas estimulado com a presença e experiência de pessoas que nos ensinam e nos ajudam.

Oxalá, com o auxílio da Divina Fonte caminheira conosco e estimuladora da recriação e ressignificação de nossa diaconia, consigamos caminhar juntos mantendo viva a curiosidade e alimentando a esperança de fazer novas conquistas na construção de uma Igreja e Sociedade sem exclusões, sinal do Reino de Deus.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria de Jesus Moraes

Comentários  

#5 Eunice Berri 04-01-2015 10:13
Louvores por vocês nossas Irmãs e por todas as pessoas engajadas neste Projeto, pq, estão sendo a presença da Mãe Divina que nos toma pela mão e ensina a caminhar! Mto bonito e esperançoso ver o projeto caminhar, apesar do muito que ainda falta! Parabéns a vocês todas e todos que participam! Nossa sintonia e prece!
#4 Rita Oechsler 17-12-2014 12:27
Parabéns Irmãs Jesus e Enedir.
"Os pequeninos pediram pão, e as Irmãs Catequistas da África responderam".
Estamos com vocês. Nossas preces e sintonia. Que este Grande Sonho do projeto avance sempre mais.
Jesus, como sempre, você escreve bem. Obrigada por partilhar conosco os sonhos que são nossos tb..
Abraço.
Rita
#3 Teresinha Tontini 16-12-2014 21:31
Que lindo "Negona"!
Parabéns pelo empenho e pela inserção junto ao povo na comunidade e com nossas irmãs, simpatizantes e nossas jovens que estão em experiência conosco. É o nosso projeto centenário crescendo.
Que alegria perceber os sinais de vida e esperança, cada vez mais!
Parabéns a coordenadoria.
Abraços e muitas luzes.
#2 Anaide Luzani 16-12-2014 14:02
Parabéns! Um GRANDE projeto! Tenham muito êxito!
#1 Anita David 16-12-2014 11:43
Parabéns, irmã Maria de Jesus pelo artigo e por se somar nesse projeto!
Parabéns, irmã Enedir, por assessorar o projeto há tantos anos!
Ficamos felizes por decidirmos como marco de Centenário da Congregação, reforçar esse maravilhoso trabalho, feito com tão poucos recursos!
Desejo que Deus as sustente com sua força, saúde e entusiasmo, sendo luz para nossos/as irmãos e irmãs, aos quais, como brasileiras, tanto devemos!
Um grande abraço!
Irmã Anita David

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