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01 Fevereiro 2023
Viver e Testemunhar a Esperança de um Novo Tempo

Em cada tempo, a Vida Consagrada é convidada a reconhecer a presença de Deus, que irrompe com a força da Divina Ruah. Ela sopra onde quer, como quer e quando quer.

A Vida Consagrada Religiosa é chamada a ser sinal da esperança, para um mundo marcado pelo pessimismo, pela falta de sentido de viver, e pela desigualdade, que produz um fosso enorme entre pobres e ricos, aumentando os cinturões de pobreza e o incontável número de excluídos do mundo. Ser sinal de esperança, é ser luz que ilumina, calor que aquece, toque de carícia, que ajuda a curar as feridas da humanidade.

É urgente e necessário que voltemos às fontes de nossos carismas, para abraçar com esperança, o futuro que Deus nos aponta como Vida Consagrada Religiosa. Não tenhamos medo do futuro e nem dos desafios que a atualidade nos apresenta, tenhamos medo de nos tornar insignificantes para a Igreja e para o mundo. Vivamos o momento presente, como um ‘tempo’ pleno de sentido com perspectivas de um futuro profético e evangélico.

Beber da fonte original, ajudará a Vida Consagrada a ser dinâmica e criativa, frente aos desafios que hoje se apresenta. Impulsionará homens e mulheres a vivenciar a fé, a esperança e a caridade, deixando-se transbordar pela presença da Divina Ruah, que tudo recria e tudo fortalece, renovando o elã na missão, na Vida em comunidade e na intimidade com Aquele, que é a razão da Consagração, o Cristo pobre, obediente e casto.

O contexto atual, interpela a Vida Consagrada a viver a audácia do evangelho vivo, sem medo chegar aos ‘porões da humanidade’, a lugares que a nossa fé é provada, como o ouro que precisa passar pelo fogo, para revelar o quão precioso é. Em cada tempo, a Vida Consagrada é convidada a reconhecer a presença de Deus, que irrompe com a força da Divina Ruah. Ela sopra onde quer, como quer e quando quer.

A Vida Consagrada é chamada a ‘experimentar e mostrar que Deus é capaz de preencher o nosso coração e fazer-nos felizes, sem necessidade de procurar noutro lugar a nossa felicidade’. Que a Vida Consagrada possa cotidianamente a ‘aprender a reconhecer o rosto de Cristo, que em tudo Se fez semelhante a nós e, consequentemente, sentir a alegria de saber que somos semelhantes a Ele que, por nosso amor, não Se recusou a sofrer a cruz’. (VC II. 1)

Outra dimensão importante na Vida Consagrada é a vivencia da Sinodalidade, que nos faz entrar numa dinâmica de discernimento. Isso implica no movimento de escuta atenta, de atitude de aprendiz, de discipulado, que se coloca diante do Mestre, para buscar a força necessária para não deixar se consumir pela tristeza, pela desilusão e pela falta de sentido. A vivencia da Sinodalidade nos provoca a caminhar juntos, aprendendo uns dos outros e sobretudo a escutar os sinais dos tempos, escutar a Divina Ruah e a escutar o que outros me revelam da bondade de Deus, agindo na vida das pessoas e da história.

Neste dia em que celebramos o dia da Vida Consagrada, deixemo-nos conduzir pelas novidades do Espírito, ressignificando o mistério da nossa opção de seguir a Jesus Cristo, indo às periferias da humanidade e sendo uma presença samaritana, servidora e Madalena, que ajuda a curar, a enfaixar as feridas da humanidade e ser bálsamo que alivia a dor de multidões, que são excluídas do banquete da vida plena. 

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Laura Vicuña pela Coordenação Geral