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Escrito por  Sede Geral - Isabel do Rocio 09 Outubro 2014

O segundo semestre de 2014 começou e continua bastante movimentado para as/os simpatizantes em Minas Gerais. No mês de agosto realizamos nosso Encontro Regional em Belo Horizonte, com participantes dos grupos de Ipatinga, Timóteo, Contagem, Belo Horizonte e São Paulo, num total de 40 pessoas. Foram dois dias intensivos de formação, conforme a solicitação dos próprios grupos. A acolhida pelo grupo de BH foi alegre e afetuosa e já no clima do Centenário da CICAF, com cantos, símbolos, cartazes, adesivos e uma rica pasta com textos de formação e poemas de Irmã Beatriz Maestri, grande apaixonada do projeto Simpatizantes do Carisma.

No primeiro dia aprofundamos a Linha Inspiradora nº1: “Cultivar intensamente o modo francisclariano de viver, no cotidiano, comprometidas/os com a justiça social e ambiental”. No segundo dia estudamos a Linha Inspiradora nº 3: “Intensificar a vivência do nosso carisma com simpatizantes, outras pessoas e grupos, e ampliar as iniciativas de atuação em redes e parcerias entre províncias, congregações, entidades e movimentos sociais afins”.

Na temática da justiça socioambiental contamos com a assessoria de Frei Valter e Frei Arlaton (OFM), membros do Serviço Franciscano de Justiça, Paz e Integridade da Criação, de Minas Gerais. Frei Valter fez uma breve análise da conjuntura atual, onde temos mais perguntas que respostas nos provocando, pois a crise ambiental gerada pela ação humana egoísta e desequilibrada afeta toda a vida do planeta e não só a espécie humana. 

Os/as participantes foram entrando na temática e a reflexão foi se enriquecendo. Foi reforçada a importância de sermos atores responsáveis pelas mudanças sociais e não apenas meros/as ouvintes e espectadores/as. Frei Valter e Frei Arlaton foram aprofundando nossas reflexões fazendo referências às Fontes Franciscanas, ressaltando que a espiritualidade ecológica tem a inconfundível dimensão da com-paixão, profundamente evangélica, que faz com que nos inclinemos, preferencialmente, sobre a vida desprotegida e ameaçada. É uma espiritualidade que promove a irmandade cósmica-universal vivida por São Francisco de Assis, inspirada na mensagem holística de Jesus de Nazaré.

E assim, após uma intensa reflexão sobre a Vida em suas várias expressões, fomos conduzidas/os silenciosamente para dentro de nós mesmos/as por meio da música “Navega o seu ser”; em seguida nos purificamos com uma infusão de ervas aromáticas, enviando um pedido de perdão e um carinho especial à nossa irmã natureza, sobretudo à irmã água. Continuamos o ritual com o almoço e assim a partilha de alimentos, de vida, de realidades, de preocupações, de sonhos e de esperanças foi se prolongando até sermos envolvidas/os pela cantoria de uma espontânea banda musical que foi contagiando todo o grupo, com a surpresa de uma diversidade de talentos. Que linda e alegre integração entre criança, jovens e adultos! 

O momento seguinte foi dedicado ao estudo em grupo a partir das questões: Como nós simpatizantes contribuímos para um mundo de justiça, paz e respeito pela criação? Como nos organizamos? Quem são os sujeitos da nossa ação transformadora? Que espaços de atuação priorizamos no mundo? Quais as nossas propostas? Com quem queremos trabalhar? A exposição dos grupos foi muito rica e criativa possibilitando o envolvimento e a participação de todas/os. Em síntese, as reflexões centraram-se nas seguintes questões:

- É muito importante nossa participação nos pequenos grupos, sementes de transformação e espaços de humanização. Temos muita sede de partilhar experiências. É fundamental sermos protagonistas de nossa história e ampliar nossa visão de mundo.

- Nossos grupos não podem ficar isolados. É preciso fazer articulação com movimentos sociais e com políticas públicas, construindo parcerias e redes de informação e de ações, ou nos engajarmos nas que já existem. Não separar fé e vida.

- Todos os grupos reforçaram a importância da formação continuada. Diante dos desafios é preciso exercitar o senso crítico sobre a realidade, pautarmo-nos pelo Evangelho e ser testemunhas de vida no cotidiano, nos formando em comunidade.

O segundo dia trouxe-nos uma linda manhã de sol e o simpatizante Silvestre nos ajudou com alguns exercícios de Tai chi chuan, a tomar consciência do nosso corpo através da respiração e de movimentos. E assim, prosseguimos aprofundando a 3ª Linha Inspiradora: “Intensificar a vivência de nosso carisma com simpatizantes, outras pessoas e grupos e ampliar as iniciativas de atuação em redes e parcerias entre províncias, congregações, entidades e movimentos sociais afins”.

Irmã Alzira fez uma exposição sobre o Carisma da CICAF, desde as primeiras sementes plantadas pelas Irmãs Amábile, Maria e Liduina, que abriram caminho para nós, contagiadas pela opção pelos pequenos que necessitavam do pão da educação escolar e da catequese. Foi ressaltado que a presença de simpatizantes do carisma, com a diversidade de grupos que existem, traz uma força significativa e especial à Congregação, lembrando sua origem no meio do povo mais simples. Sentimo-nos interpeladas/os a aprofundar nossa identidade leiga e nossa vocação e missão no conjunto da congregação, seguindo Jesus em sua opção pelas pessoas mais pobres e excluídas.

Complementando, apresentei minha contribuição refletindo sobre a vida e missão de Jesus como um homem rural, leigo, nascido na pequena Nazaré da Galileia. Não criou nenhuma religião, não construiu igrejas, nem escolas. Andava pelas ruelas, campos, montanhas, margem de rios, e frequentou muito pouco os centros urbanos. Foi um profeta itinerante que convidava o povo a acolher o Reino de Deus, despertando a esperança de uma vida mais justa e digna para todas as pessoas. Inspirar-se na vida de Jesus é a essência francisclariana, pois assim aprendemos quais são os elementos fundamentais do seu método missionário e avaliar se nossa missão está em sintonia com a construção do Reino de Deus empreendida por Jesus. E se Jesus nasceu leigo, viveu como leigo e morreu leigo, então também nós precisamos tomar consciência da dignidade da nossa vocação laical tanto na Igreja como na Congregação.

Encerramos esse encontro de tantas partilhas de afeto e de experiências de vida, com a bênção e partilha do pão, que sempre esteve presente na vida de Jesus e das Irmãs Catequistas Franciscanas. Partilhar o pão, em todos os sentidos, implica em partilhar a vida com as pessoas que dele mais necessitam!

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Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

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