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Postado por  Província Santa Clara de Assis 04 Julho 2019

Nos dias 21 a 23 de junho de 2019, na cidade de Laurentino/SC, encontramo-nos como simpatizantes do carisma francisclariano, do jeito das Irmãs Catequistas Franciscanas, para juntos refletirmos sobre o livro de Rute e as relações interpessoais, tendo em vista os oitocentos anos da visita de Francisco de Assis ao Sultão do Egito.

Foi um encontro de muita riqueza, com pessoas vindas de vários lugares: Aurora, Biguaçu, Itapema, Joinville, Rio do Sul, São Bento e Tubarão, em Santa Catarina. Também contamos com a presença dos simpatizantes de Puente Kyjhá e Capitán Miranda, Paraguay. Estava presente conosco Irmã Rosali Paloschi, conselheira geral e articuladora do grupo dos simpatizantes, em nível de congregação.

Nestes dias, caminhamos com Noemi e Rute. Aprofundamos o tema com um filme, através da bíblia e com a partilha da experiência de vida de cada um/a. Elas nos ensinaram a sermos corajosas, a termos confiança em Deus, a buscar o conhecimento das leis e do direito; a sermos fiéis e capazes de colocar-nos no lugar da/o outra/o.

Junto com elas, refletimos sobre o personagem de Booz que acolheu, com responsabilidade e generosidade, a Rute e Noemi, sendo elas estrangeiras, mulheres, viúvas e pobres; garantiu-lhes os direitos e foi solidário na dor e na partilha do pão, respeitando as leis. As mulheres/vizinhas nos ensinaram a acolhida a Noemi e Rute. Retornando para nossas casas nos iluminam para que sejamos mais acolhedoras/es com os imigrantes e para com os mais pobres.

“Deus com nós, nós com Deus e com nós ninguém pode”. Com esta frase sentimos um caminhar em conjunto. Através da partilha do pão, recordamos muitas pessoas, situações onde se faz tão presente a falta deste alimento que sacia a fome. A Eucaristia, que é o pão que nos alimenta na vida espiritual, nos chama ao compromisso com os oprimidos, a “dar nós mesmos de comer” aos que têm fome de justiça e de direitos. Nesta mística do pão saciamos nossa fome e percebemos que, se compartilhássemos mais, ainda sobraria pão, pois quem dá com alegria recebe com gratidão.

Os oitocentos anos do encontro de Francisco com o Sultão nos falam muito da paz e do diálogo inter-religioso. Francisco de Assis nos convida a fazermos, neste ano, a caminhada pela paz com esta motivação do diálogo, do respeito, da acolhida do diferente, sendo irmãos e irmãs na diferença. Juntos, como simpatizantes e irmãs, assumimos realizá-la nas realidades onde estamos inseridos/as.

Houve também a partilha da experiência da simpatizante Luciana Schmitt e seu filho Jonas, que foram fazer uma experiência em Angola, África. Motivaram todo o grupo a abraçar a causa missionária, pois cada um/a pode compartilhar o seu dom. Conforme o seu testemunho, não há necessidade de muito saber, mas sim é necessário um grande coração e disposição de sair, compartilhar a vida e aprender com a sabedoria dos outros povos.

As Luzes desse encontro, para nós simpatizantes, foram muitas: a coragem e ousadia de Rute nos fala muito para sermos protagonistas em nossos espaços; a empatia faz com que nos coloquemos no lugar da/o outra/o e a nos relacionarmos como iguais; a sabedoria de vida da Noemi faz com que sejamos atentas/os à realidade atual; a generosidade de Booz faz com que nos desprendamos mais dos bens para compartilhamos com aqueles que não têm; a singeleza e alegria das vizinhas/mulheres nos fazem abrir nossa mente e coração para acolher os imigrantes.

Como diz o lema do Capitulo Provincial da Província Santa Clara de Assis, nós, simpatizantes, repetimos com carinho a cada irmã: “Aonde vocês forem, nós iremos, aonde vocês viverem, nós viveremos e seu povo será nosso povo, seu Deus será nosso Deus” (frase de um simpatizante).