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Publicado em Testemunhos
15 Junho 2014 Comments (1)
Um pouco da minha historia

Nasci no dia 12 de março de 1930, num lugar muito pequeno, chamado  Piave, hoje Dr. Pedrinho. Meus pais, Fortunato e Fhilomena  Cristofolini  eram profundamente religiosos .

Na primeira visita do Padre, no dia 12 de abril fui batizada na capela de Nossa Senhora da Glória com o nome de Amália, pelo Frei Cirilo. Eu fui a sétima filha. Depois de mim vieram mais outros cinco filhos. Assim somos 12 irmãos, cinco homens e sete mulheres.

Quando tinha três anos mudamos para Alto Forcação onde as terras eram melhores e papai também  trabalhava numa serraria. Assim melhorou bastante a nossa situação econômica e também tínhamos a escola e a igreja mais perto. Papai e mamãe foram sempre nossos primeiros catequistas, mas era ela que nos ensinava a rezar. Papai lia e explicava para nós a História Sagrada e outros assuntos. Depois juntos e de joelhos diante de altar de Nossa Senhora das Graças.

Minha vocação religiosa missionária posso dizer que nasceu na família.

Da parte de mamãe pela oração e da parte do papai por todas as explicações que ele nos dava. Eu sempre fui muito curiosa por saber mais e entender as coisas.  Perguntava ao papai e ele tinha paciência e carinho para ensinar. Escutava-me, falava muito da Santa Terezinha e do Pe. Liberman, grandes missionários.   Eu ficava encantada queria ser como eles. Queria ler mais ainda não ia à escola. Papai me ensinava um pouco ao meio dia e depois eu passava a tarde soletrando.  Até que um dia consegui juntar as letras.   Fiquei feliz. 

O primeiro livro que eu li foi de Santa Terezinha que falava muito de missão.  Depois também o livro do Pe. Libermermam que também foi para África. Isto tudo me entusiasmava a ser missionária.

Nesse entusiasmo fui crescendo rezando muito e estudando. Quando passei para o segundo ano vieram as Irmãs Catequistas Franciscanas.  Estudei com as Irmãs Ana Ochner e Maria Romani até o quarto ano.

Gostei muito, passava muito tempo com elas, gostava de vê-las ir para a capela todas as tardes para rezar os salmos. Eu as acompanhava. Pensava: vou ser como elas. Devem ser missionárias. Até que um dia eu disse para o papai queria ser Irmã como as nossas.  Ele ficou contente, chamou a mamãe e juntos decidiram que sim. Mas papai me aconselhou muito e disse que era uma vida  muito exigente. Ele conhecia bem as Irmãs. Fui aluna de Madre Maria Avosani em Rodeio 50.

Meus pais assumiram a compromisso de rezar cada dia um terço  para eu ser uma boa Irmã. Ele mesmo foi falar com as Irmãs. Continuei estudando até o final do ano, participando da comunidade, quando as Irmãs estavam eu assumia a celebração dominical. A comunidade sempre me deu muito apoio. No dia dois de fevereiro de 1944, papai me levou para Rodeio e me entregou à Madre Avosani e disse: Ela é sua. Se não servir avise-me que  eu venho busca-la. Me abençoou e foi embora. A Madre levou-me para a capela e rezou um pouco. Era ainda  férias  estava cheio de Irmãs, por isso a Irmã Margi me levou para o 50. Lá fique só uma semana e fomos enviadas para Rio dos Cedros onde fizemos o curso de Admissão.

No início de 1945 viemos para Rodeio,  frequentamos  o  curso Normal complementar  que era de dois anos.

O postulado e noviciado foi em Rodeio. No dia de Natal (25/12/1947) foi a Profissão Religiosa.

Em Santa Catarina fiquei três anos em Ribeirão da Vargem. Já no Noviciado eu dei o nome para vir para o Mato Grosso. Nunca esqueci. Rezava sempre para que chegasse minha. Até que enfim no inicio de 1952 a Madre Luiza  Mondini  me  chamou e perguntou: Você  ainda quer ir para o Mato Grosso? Eu sorrindo disse: Claro que sim.  Então, diz ela: Fique calada, mas você vai se preparando. No mês de março eu vou te levar. Assim, vim direto para Rondonópolis.  Era o dia 19 de março. Assumi aulas e a direção da Escola Sagrado Coração de Jesus. Fiquei quatro anos.

Fui enviada para Campo Grande e com os Frades aos poucos criamos o Patronato São Francisco. Lá fiquei por seis anos e voltei para o Sagrado e assumi a formação de um grupo de jovens. Depois, de três anos fui enviada para Rodeio frequentar o Curso Normal Pedagógico. Era o ano de 1965. Em 1967 fui enviada ao Chile para fazer o ICLA pelo CELAN. Ao regressar em 1968 fui enviada para a Bahia para Miguel Calmon. Lá fiquei só um ano.  Vim de férias e fui enviada para Bacabal no Maranhão, onde assumi a Seminário Catequético até 1972, quando a pedido insistente da Ir. Thereza Marangoni ao Governo Geral vim para Campo Grande onde a pedido dos  Bispos  assumi a Coordenação do IRPAMAT – CNBB.

Em 1976 fui eleita Provincial por dois períodos seguidos. E 1982 fui para Angola. Em 1988 voltei para tratamento de saúde.  Enquanto isso, fui assumindo outras coisas na Província, por falta de Irmãs, e aqui fiquei sempre desejosa  de voltar. Em 1999 me ofereci para abrir nossa missão Bolívia.  Em 2005 abrimos Riberalta, no Oriente Boliviano. Ali fiquei até 2010. Deixei Bolívia porque minha saúde já não dava mais.  Aqui ainda colaborei em diversas fraternidades, onde havia necessidade e na Formação inicial.

Desde o inicio deste ano de 2014, a pedido do governo Provincial, vim para o Sagrado, nossa casa de repouso e tratamento. Aqui, sinto-me missionária universal, pois chego em qualquer lugar, através da oração, sintonia, comunhão solidariedade e até com muita saudade.

Louvo e Bendigo ao Pai por toda minha vida!

Irmã Amália Cristofolini - PSTMJ

Comentários  

#1 Fabiula Souza 16-07-2014 14:59
Tive a graça de ouvir pessoalmente a história missionária da Ir. Amália e hoje lendo novamente o seu testemunho de vida o meu coração se enche de alegria e coragem. Peço a Deus que me conceda a graça da fidelidade para assumir com confiança e ousadia os lugares de missão. Parabéns Irmã Amália! Conto com suas orações. Saudades!

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